Cimento: Entenda as diferenças das classificações

Para selecionar corretamente o tipo de cimento para a obra é necessário saber a agressividade do meio ao qual estará exposta.

O cimento é uma mistura formada por calcário, cálcio, silício, ferro, alumínio e outros artefatos, que foi patenteada por um construtor inglês chamado Joseph Aspdin, com o nome de cimento Portland e é hoje um dos materiais mais utilizados pelo homem em todo o mundo, só perdendo para a água. O material possui alta durabilidade, grande trabalhabilidade e resistência a cargas, além de ser um produto muito versátil. É possível utilizá-lo em diversas aplicações, tais como: argamassas, concretos, edificações, barragens, pavimentos de concreto, pavimentos intertravados, alvenaria com blocos de concreto, artefatos, saneamento e drenagem, além dos pré-fabricados que estão sendo muito difundidos atualmente.

Os principais tipos de cimento do mercado são os seguintes*:

  • Cimento Portland Comum CP I e CP I-S
  • Cimento Portland CP II
  • Cimento Portland de Alto Forno CP III
  • Cimento Portland CP IV
  • Cimento Portland CP V ARI – Alta Resistência Inicial
  • Cimento Portland CP (RS) – Resistente a sulfatos
  • Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)
  • Cimento Portland Branco (CPB)

 *Fonte: ABCP

Aplicações dos tipos de cimento

De acordo com João Carlos Gabriel, professor de engenharia civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, para selecionar corretamente o tipo de cimento para a obra, é necessário saber a aplicação, agressividade do meio ao qual está exposto o cimento, volume das estruturas de concreto, a resistência (Fck) do concreto preparado com o cimento e, também, o preço.

A partir de julho de 2018, todos os tipos de cimento foram reunidos em uma única norma de especificação, a ABNT NBR 16697:2018 – Cimento Portland – Requisitos. A norma especifica cada tipo de cimento adequado às mais diversas aplicações: a análise de suas características e propriedades mostra que certos tipos são mais apropriados para determinadas situações.

Ainda, de acordo com João Carlos, o cimento mais utilizado atualmente é o cimento CP-II, de uso comum. “Os demais cimentos são utilizados em aplicações específicas na construção civil e de acordo com o meio no qual está localizada a estrutura de concreto e também a sua finalidade, como por exemplo, obras em meios com alta concentração de sulfatos e ambientes marinhos”, destaca.

Cuidados de armazenamento

De acordo com a norma ABNT NBR 16697:2018 não podem ser aceitos os cimentos entregues em sacos rasgados, contaminados, molhados ou avariados durante o transporte. Do mesmo modo, não podem ser aceitos cimentos transportados a granel ou em contêiner, quando houver sinais evidentes de contaminação.

O cimento armazenado por mais de 90 dias deve ser reensaiado, podendo ser rejeitado se não corresponder a todos os requisitos da norma. O prazo de validade é de 90 dias a partir da data de fabricação e é válido sempre que mantidas as condições de armazenamento citadas na norma. Ressalvando-se que durante o transporte, os sacos também devem ser protegidos contra os agentes intempéricos. As sacarias que apresentarem variação superior a 1% para mais ou para menos, da massa líquida declarada, devem ser rejeitados.

Se a massa média dos sacos, em qualquer lote, obtida pela pesagem de 30 unidades tomadas ao acaso, for menor que a massa líquida declarada, todo o lote deve ser rejeitado.

Fonte: https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/cimento-tipos/

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